A escola de programação espanhola Ironhack tem planos de aumentar suas operações na América do Sul a partir de outubro, com a inauguração de sua primeira unidade no Brasil. A iniciativa busca preencher uma lacuna no mercado, onde a demanda por profissionais qualificados em tecnologia da informação é significativa. Fundada em 2013, a Ironhack recebeu um investimento de 3 milhões de dólares do fundo JME Venture Capital, destinado a expandir suas atividades tanto na América Latina quanto na Europa. A cidade escolhida para sediar a primeira unidade brasileira é São Paulo.
“Mario Posadas, gerente de expansão da Ironhack no Brasil, afirmou que empresas de destaque como 99 e Nubank estão experimentando um crescimento acelerado e necessitam de profissionais talentosos para sustentar seu desenvolvimento.”
A decisão de investir no Brasil é fundamentada em dados da empresa de pesquisa de mercado IDC, que projeta um déficit de 161 mil profissionais capacitados em tecnologia no país até 2019. A Digital House, uma escola britânica de programação, também entrou no mercado brasileiro em abril, visando suprir essa carência de profissionais.
Além disso, gigantes da tecnologia, como o Facebook, estão estabelecendo centros de treinamento em programação e empreendedorismo no Brasil. Um exemplo é a “Estação Hack”, lançada pela rede social em São Paulo, que atua como intermediária entre a demanda por talentos em tecnologia e jovens de baixa renda necessitados de capacitação. O Google também inaugurou o Campus São Paulo, que oferece orientação a startups, treinamento para jovens empreendedores e eventos comunitários gratuitos.
A Ironhack oferece cursos abrangentes, incluindo treinamento para programadores e web designers. A escolha de São Paulo para iniciar suas operações na América do Sul é justificada pelo fato de a cidade representar o ecossistema de inovação e tecnologia na região. A escola, que já possui sete unidades em locais como Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França e México, planeja expandir sua presença no México e Brasil em 2019, com possível entrada em outros países latino-americanos. Mario Posadas considera cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Campinas como potenciais alvos de interesse para futuras expansões, que serão avaliadas com base nos resultados obtidos em São Paulo.
